Reinaldo Glioche
Existe um momento no trailer de “Beekeeper – Rede De Vingança”, que pode ser conferido abaixo, em que uma personagem grita para Jason Statham: “Nós temos leis para isso”. No que ele devolve: “e vocês tem a mim para quando elas falham”.
Está na singeleza desse diálogo muito do encanto que Jason Statham provoca como principal representante de uma arte antiga e em desuso, que é o cinema brucutu. Neste novo filme, que será lançado em 11 de janeiro nos cinemas brasileiros, ele se une a David Ayer, um diretor que compreende como poucos a escala espetacular do exército de um homem só. É meio que o dream team do cinema brucutu nessa era da ação pasteurizada e de super-heróis a torto e a direito.
Depois de flertar com o cinemão, com “Esquadrão Suicida” (2016) e “Bright” (2017), Ayer fez o pouco visto “O Cobrador de Impostos” (2020), que foi uma espécie de volta para casa para o cineasta que fez sua fama escrevendo o roteiro de “Dia de Treinamento” (2001) e dirigindo perolas do cinema policial como “Marcados para Morrer” (2012) e “Os Reis da Rua” (2008).
Escanteado pela indústria após o fracasso de crítica do filme da DC, Ayer agora ensaia um retorno ao primeiro time de Hollywood e a união com Statham é, sob muitos aspectos, à prova de balas. O astro inglês tem um recall imenso entre o público masculino e consegue a proeza de lançar nos cinemas filmes que outros astros como Nicolas Cage estão lançando em VoD.
Em “Beekeeper”, o plano de vingança de um homem assume proporções nacionais depois que é revelado que ele é um ex-agente de uma organização poderosa e clandestina conhecida como “Beekeepers”. Minnie Driver e Jeremy Irons são destaques entre os coadjuvantes.