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Desafio de “Superman & Lois” é manter o nível na terceira temporada

Jonathan Pereira

A série “Superman & Lois” foi uma grata surpresa aos fãs do Homem de Aço. As duas primeiras temporadas são muito boas, e o desafio da terceira, que estreou no último dia 23 no Brasil, na HBO Max, é manter o nível e a qualidade da história.

Para quem não está familiarizado, a produção avança no tempo e mostra Clark Kent e Lois Lane como pais de família, com dois filhos adolescentes – Jonathan e Jordan, gêmeos que vão descobrindo aos poucos também terem herdado poderes do pai. Os dois primeiros episódios dão a impressão de que será uma série chata sobre aborrescentes, mas vale a pena ir em frente.

Fotos: reprodução/Instagram

Tyler Hoechlin e Elizabeth Tulloch estão bem em seus papéis, a ponto de sequer cogitarmos outros atores fazendo os protagonistas. O roteiro ajuda e foge de transformá-la em dona de casa por conta dos filhos – mesmo em uma cidade menor, Smallville, ela segue com seu faro jornalístico e protagoniza vários acontecimentos importantes.

Um dos méritos da série é desenvolver histórias para os coadjuvantes de forma que o público não se sinta enrolado. Um dos casos é o de de Lana Lang (Emmanuelle Chriqui), primeiro amor de Clark, e o chefe do Corpo de Bombeiros Kyle (Erik Valdez). Os dois sofrem uma crise conjugal, separam-se, mas o clima de reconciliação ainda paira no ar na terceira temporada.

Jordan Elsass, que vivia Jonathan, pediu para deixar a série após o fim da segunda temporada para cuidar da saúde mental e foi substituído por Michael Bishop – mas no ar, tirando o cabelo mais escuro do segundo, quase não se nota a diferença.

Aos poucos Jonathan e Jordan (Alex Garfin) ficam sabendo dos poderes do pai e precisam não deixar que os seus próprios subam à cabeça, ao mesmo tempo em que conhecem o tio, Tal-Rho (Adam Rayner), que dará trabalho a Clark. Não darei mais spoiler da primeira temporada a quem não viu, apenas digo que vale a pena.

E a segunda temporada vale mais ainda, com direito a Superman enfrentando sua versão Bizarra, a descoberta do Mundo Invertido e o elenco tendo chance de mostrar sua versatilidade, interpretando como seriam suas personagens nesse lugar. Entre as novidades, o protagonista revela sua identidade para seu primeiro amor, Lana (agora prefeita).

Ao contrário de filmes em que parece que quem escreve odeia com todas as forças o herói, fazendo-o apanhar quase até a morte – caso de “Superman O Retorno” (2006) ou “Homem-Aranha 3” (2007), aqui Clark segue como o homem mais forte da Terra. Até a derrota e quase morte do Superman nas mãos de Ally Allston (Rya Kihlstedt) perto do fim da segunda temporada é construída de forma crível, assim como a ressurreição dele. Tudo bem cuidado. Após os acontecimentos dos 15 episódios da temporada 2, a terceira começa com um respiro para as personagens, mostrando como a vida está andando, em um episódio calmo que apresenta sem muitos detalhes os novos vilões que vão tirar o sossego da família Kent. Que a kryptonita passe longe dos roteiristas!

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