Imagens: Reprodução/Instagram @the_linda_lindas
Em 2021 um vídeo de quatro garotas cantando sobre um “menino racista e machista” em uma biblioteca viralizou e correu o mundo. Eram as The Linda Lindas, que naquele ano tinham entre 11 e 17 anos.
As garotas de Los Angeles já tocavam juntas de 2018, incentivadas pelos pais, e já haviam chamado atenção de artistas como o Bikini Kill, para quem elas abriram shows em 2019, e Amy Poehler, que as chamou para compor músicas para seu filme da Netflix “Moxie”.
Porém, o vídeo de “Racist, Sexist Boy” colocou as Linda Lindas em outro patamar, e chamou a atenção de gigantes do rock, como Tom Morello, Flea e Dave Grohl.
Tocando um rock cru e feroz, que lembra o movimento punk, elas escrevem as próprias letras e cantam sobre machismo, política e a complexidade da adolescência.
O estilo das garotas e o sucesso do vídeo logo renderam o apoio de uma gravadora. Ainda em 2021 elas assinaram com a Epitaph e, em 2022, lançaram seu primeiro disco, “Growing Up”, adequado para o grupo de garotas que, apesar do punk maduro, ainda está na escola.
A banda é composta pelas irmãs Mila e Lucia de la Garza (bateria e guitarra), sua prima Eloise Wong (baixo) e a amiga Bela Salazar (guitarra). Além das composições, elas compartilham os vocais e as obrigações escolares, já que só Salazar já se formou.
De férias das aulas, elas mergulharam de cabeça na música e estão em turnê durante todo o verão norte-americano.
Se apresentaram no Coachella em abril, e estão acompanhando o Paramore pelo país. Ainda tocam no Lollapalooza de Chicago, antes de seguir para datas no México, abrindo para o Yeah Yeah Yeahs.
Em junho, passaram brevemente pelo Brasil, mas não chegaram a se apresentar. Foram embora com a promessa de voltar para tocar.
Mas há tempo de sobra para ver as garotas por aí. Apesar da pouca idade, elas mostram que estão no lugar certo: no palco, estourando seus vocais, e cantando sobre coisas que podem até ser desconfortáveis, mas no melhor estilo punk, devem ser ditas.