Os cinco momentos mais bem sacados de "Barbie"

Redação Culturize-se | Fotos: Divulgação

Quando o Ken de Ryan Gosling, que usa a moda como uma afirmação de sua masculinidade (isso por si só um golaço de Greta Gerwig) coloca um segundo óculos por cima do primeiro o cinema vem abaixo, mas é uma gag ótima para mostrar como o personagem é redundante. É um pequeno momento em um filme repleto de muitas escolhas de moda memoráveis.

Simplesmente Ken

A referência suprema

É preciso coragem e segurança para abrir seu filme com uma referência tão gráfica a Stanley Kubrick e fazer dela uma pedra elemental para o conflito que virá a seguir é uma demonstração inequívoca do domínio narrativo de Gerwig aqui. Além da piscadela para os cinéfilos, o aceno a "2001: Uma Odisseia no Espaço" casa perfeitamente com o pathos de Barbie.

"Matrix" encontra Barbieland

Weird Barbie (Kate McKinnon) oferece a Barbie de Margot Robbie uma escolha: um salto alto, o que significa viver a vida que ela sempre viveu, ou uma Birkenstock, o que significa aventurar-se no "mundo real" para descobrir a verdade. Barbie escolhe o salto alto, mas Weird Barbie lhe diz que não foi realmente uma escolha e que ela deve aceitar o destino com sandálias nos pés. O aceno a "Matrix" não poderia ser mais claro e, novamente, Greta Gerwig recorre à memória afetiva do público para construir e balizar sua narrativa.

Ken e Barbie são namorado e namorada

Barbie e Ken estão do lado de fora da casa dos sonhos de Barbie, onde eles quase se beijam antes de se despedirem. Ken pede para passar a noite, e Barbie não entende por quê. "Porque somos namorados", explica Ken. É uma ótima frase por si só, mas a forma como Gosling a entrega é pura genialidade. Principalmente porque o personagem não faz a menor ideia do porquê passar a noite com Barbie. É uma cena que mostra que Ryan Gosling mais do que ninguém é o grande fiador de Greta Gerwig nessa adorável bobagem.

Barbie tem uma crise existencial

Esse é o grande set up do filme. Barbie dando voz a seus pensamentos existenciais recém-adquiridos no meio de uma festa de dança é uma maneira maravilhosamente peculiar de introduzir o conflito central. O inerente comentário sobre as pressões capitalistas que a boneca representa sobre a mulher voltam mais tarde na sensacional chamada comercial para a Barbie depressiva, o que configura a mais genial sacada em um filme cheio de sacadas geniais.