Globoplay tenta fisgar público jovem com “A Vida Pela Frente

Imagens: Reprodução/Globo/Instagram @avpfserie

Séries adolescentes sempre marcaram a televisão, desde produções mais antigas como “Barrados no Baile” até as recentes “Elite” e “Euphoria”. Entre o melodrama e a comédia, há muito o que contar desse período tão intenso de descobertas.

Foi pensando nas próprias experiências na época que Leandra Leal, ao lado das amigas de escola Rita Toledo e Carol Benjamin, idealizou “A Vida Pela Frente”, recém-lançada pelo Globoplay.

Essa não é a primeira produção do streaming com o objetivo de fisgar o público jovem. “As Five”, derivada de uma temporada de “Malhação”, já teve duas temporadas na plataforma. O Globoplay, porém, segue investindo nesse público que em outros streamings é fiel ao gênero.

Eu Nunca”, “Elite” e “Anne With an E” são exemplos distintos de sucessos da Netflix que retratam o período em que a infância não faz mais sentido, e a vida adulta está a uma curta distância.

Enquanto algumas tratam do tema com delicadeza ou se apoiam na comédia, outras buscam temas mais profundos, como o despertar sexual, os laços intensos formados e questões envolvendo saúde mental.

É nessa linha que “A Vida Pela Frente” segue. A série mostra a chegada de Liz (Nina Tomsic) em uma nova escola, onde conhece Cadé (Jaffar Bambirra) e Beta (Flora Camolese). O episódio se passa entre o começo e final do ano letivo em 1999, quando uma tragédia acontece.

Ao longo dos episódios, vemos a relação entre os três se estreitar, entre idas e vindas. Apesar do mistério apresentado no começo com uma morte, é no dia a dia do último ano escolar que a série se finca.

Álcool, drogas, romances, a escolha da profissão e tantos outros temas que definem o período dão o tom para a produção. “A Vida Pela Frente” não reinventa a roda, nem tem a pretensão de ser um retrato completo da adolescência no Brasil.

Mas consegue, mais do que algumas tramas superficiais de “Malhação”, oferecer profundidade para esse período tão transformador na vida de qualquer pessoa. Para completar, a série tem um toque de nostalgia do final dos anos 90, sem celulares ou redes sociais, apenas uma câmera VHS e o bom e velho violão

Leandra também atua como a mãe de Liz, e dirige episódios ao lado de Bruno Safadi, marcando um novo momento da carreira, onde atua como showrunner da produção. Os 10 episódios de “A Vida Pela Frente” já estão disponíveis no Globoplay.