"Viver até o fim que me cabe"

A versatilidade da arte de Sidney Amaral em cartaz até 26 de fevereiro em São Paulo

Fotos: divulgação

Versatilidade artística e experiência cotidiana se encontram, a partir da perspectiva de uma subjetividade negra, na exposição "Viver até o fim o que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação, fruto da curadoria de Claudinei Roberto da Silva.

Por meio de técnicas e materiais variados – como desenhos a grafite, pinturas com acrílica e esculturas –, Sidney aponta para a aspereza de uma sociedade marcada pelo trauma da escravidão, do genocídio e do racismo estrutural.

Seu amplo repertório plástico é estratégico para a proposição de tensões. O artista, que morreu em 2017, deixou um legado que alarga a reflexão sobre a diáspora africana.

Um dos caminhos bastante explorados pelo artista é o do autorretrato, que, em seu projeto, aciona uma identificação simbólica com os interlocutores negros, tradicionalmente sub-representados nas artes.

A exposição, composta de 74 obras, traz também alguns estudos e cadernos de desenho que possibilitam entrever o processo de criação do paulistano.  Em cartaz no Sesc Belenzinho com entrada gratuita.