A onda de acusações de plágio na

Netflix

Por vezes escolhendo quantidade sobre qualidade, a Netflix é a plataforma de streaming que mais produz conteúdos originais. Há anos eles já saíram da bolha hollywoodiana e continuam emplacando sucessos com séries coreanas, espanholas, e alemãs.

Black Knight

Divulgação/Netflix

O problema é que, nos últimos tempos, a plataforma vem acumulando acusações de plágio. A mais recente é a série sul-coreana “Black Knight”, acusada de se apropriar da história do videogame “Death Stranding”.

Black Knight

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O game de Hideo Kojima foi lançado pela Playstation em 2019 e conta a história de um homem que atua como entregador em um cenário apocalíptico. Na série, lançada em maio deste ano, o protagonista também é um entregador que vive em um mundo devastado.

Death Stranding

Divulgação/Sony

Embora o tema central seja semelhante, a Netflix negou as acusações, afirmando que "Black Knight” é baseado em uma HQ de 2016, ou seja, anos antes do lançamento do jogo.

Death Stranding

Divulgação/Sony

No final do ano passado, outras duas acusações de plágio perseguiram a empresa, uma delas inclusive, na justiça. Ambas feitas por artistas brasileiros.

1899

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Em novembro de 2022 a Netflix lançou “1899”, dos mesmos criadores do sucesso alemão “Dark”. A trama se passa em um navio com passageiros de diversas nacionalidades. Cheia de simbologias, ela apresenta mistérios envolvendo a figura de um triângulo que aparece por toda parte.

1899

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A quadrinista brasileira Mary Cagnin publicou tuítes, agora deletados, onde faz comparações entre o visual da produção e seu quadrinho, “Black Silence”. Embora a história não seja parecida, alguns aspectos visuais se assemelham.

Black Silence

Reprodução

Os triângulos nos olhos dos personagens e as imagens que remetem a pirâmides são alguns exemplos. Os criadores da série afirmaram não conhecer a obra, e a autora não se pronunciou novamente se está ou não tomando ações legais. A produção foi cancelada no começo deste ano.

1899

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Também no final de 2022, em outubro, outra produção da Netflix foi acusada, dessa vez o filme brasileiro “Depois do Universo”. Os autores do livro “Julliard - A Arte do Amor”, João e Lídia Ribeiro, abriram um processo ao notar as similaridades entre seu livro e o filme.

Depois do Universo

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A história principal das duas obras é a mesma: uma pianista com uma doença terminal que se apaixona por um rapaz chamado Gabriel. No filme da Netflix, ele é um médico, enquanto no livro da dupla, lançado em 2018, um dançarino.

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Cenas específicas também são parecidas, como o momento em que as protagonistas tocam um piano imaginário ou quando o rapaz dá a ela um colar. O desfecho, porém, é diferente nas duas versões.

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A dupla pede indenização de R$ 70 milhões e, em seu Instagram, João compartilha o que ele chama de "coincidências" entre as duas obras. Neste caso, a Netflix não se pronunciou sobre as acusações ou o processo.

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