"A Flor do Buriti" traz belo registro da memória e da luta dos Krahô

Por Mariane Morisawa | Fotos: Divulgação/Cannes

Em meio a celeuma envolvendo a demarcação de terras indígenas no Brasil,  acirrado nos últimos dias, o filme de João Salaviza e Renée Nader Messora é exibido em Cannes, na mostra um Certo Olhar.

Em "A Flor do Buriti", João Salaviza e Renée Nader Messora voltam à Terra Indígena Kraholândia, em Tocantins, depois de "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos", que ganhou o prêmio do júri da mostra Um Certo Olhar em 2018.

Este filme tem mais urgência, contando o histórico da luta dos Krahô para manterem-se vivos, incluindo os protestos em Brasília contra o Marco Temporal durante o governo Jair Bolsonaro.

Os krahôs compõem o elenco e participaram do roteiro. O belo "A Flor do Buriti" mostra a coragem e a resistência dos Krahô, mas também deixa registrado em filme a memória e o modo de pensar que foram passados de geração a geração.